Como a areia do deserto




Como a areia do deserto, não sei onde vou parar
O vento me leva em seu olhar
E escorrego por entre seus dedos,
Sem motivos pra ficar...


Não creio no que foi dito
E desmancho o que foi escrito, basta soprar
Sou calmaria nos grãos a juntar,
Espalho tempestade se me provocar

Escondo serpentes e mistério
Até tesouros você pode achar
Contanto que respeite,
A natureza do meu luar

Engano seu olhos se nele entrar
Faço seu coração valente, se nele ficar
Seu corpo forte e se tiveres sorte,
Permito-me levar

Posso ser seca
Fazendo sua fraqueza aumentar
Ou mostro-lhe um grande oásis
Para sua sede matar


Não se engane
Se pensas que em mim é fácil se fixar
Recebo e amparo raízes sim,
Mas é você quem as deve plantar.

São Paulo, 22 de setembro de 2011 – Por Demy Marcos

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