Invisível aos olhos


Não busque me entender, não me prenda
Que minha alma não se acorrenta
Desejo laços e não emendas


 
Se sou inexplicável aos olhos teus
Não consegue perceber a extensão dos olhos meus
Nunca captará a verdade de quem fui eu

Perceba-me, não me invente
Não sou concreta nem evidente
Chama alta de fogo ardente

Por vezes sou terra e semente
O dia de sol que te faz contente
Ou a tempestade que te faz descrente

Mas se conseguir ir além do que apresento
Poderá perceber que a essência aqui dentro
Te fará alcançar o firmamento.

São Paulo, 6 de janeiro de 2011.
Por Demy Marcos

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