Vivendo as diferenças com estratégia
Ninguém foi feito sobre medida para você. Cada um tem a sua história; suas vivências e suas experiências de vida. Uma criação diferente, com pais, mães, tios os avós que também receberam por sua vez uma criação diferente, e assim, repassaram o que aprenderam.
As pessoas têm medos, que não são iguais aos seus e reagem de certa forma, muitas vezes para se defender. Até a plena felicidade pode ser motivo de receio, carinhos e bem querer podem assustar àqueles com traumas ou ainda que não se julgam merecedores de tanto bem.
O processo de reconhecimento, de um feedback mais concreto às suas boas intenções e belas palavras são necessários sim e trazem conforto, claro! Porém o outro às vezes simplesmente não se expressa como você gostaria, não sendo isso um fator que determine que a pessoa não valorize seus gestos. Ela pode realmente não saber exteriorizar o que sente.
Imagine um garoto que viveu brincando com carrinhos de madeira e de repente recebe de presente um belo game de última tecnologia. Ainda, um homem que sempre dirigiu um carro modesto e se vê na oportunidade de pilotar uma super máquina. Ambos não sabem lidar com o que jamais tiveram. Caso não recebam instruções, podem quebrar o brinquedo ou até causar um acidente grave. São maus ou errados? Não. Apenas não sabem como “aquilo tudo” funciona.
É preciso então, paciência para explicar como o game funciona ao garoto e dicas de pilotagem ao homem da super máquina. Só a paciência e o tempo farão com que possam gozar tranquilos de certas oportunidades. Algumas “barreiras na aprendizagem” podem ocorrer. Cabe a você decidir se vale à pena derrubar, transpor ou pedir demissão do cargo de “professor (a)”.
Nesse processo você também pode aprender a desenvolver, por exemplo, um maior autocontrole. A pensar antes de falar (diferente de se reprimir) para evitar brigas ou constrangimentos desnecessários. O que realmente tem importância? Ter sempre razão ou ser feliz? Pense nisso.
De que adianta manter um “cabo de guerra” se a corda arrebentar do seu lado no final?
É mais negócio, ser estratégico do que implicante. Nas relações humanas, sempre um dos lados terá que ceder mais, ser mais flexível. Você tem mais facilidade para isso? Então que seja o seu lado. Pode não ser tão fácil quanto escrever sobre, mas não é impossível. Exercitar o autocontrole, por meio da percepção dos fatos sobre um prisma mais positivista e praticar mais a compreensão, pode fazer um bem enorme e, nesse caso, para ambos os lados.
Veja que não sugiro uma anulação de personalidade ou anseios, mas a manutenção do bom senso. Seja você. Conserve a sua essência, os seus bons valores; apenas coloque-se com mais flexibilidade diante de algumas situações. Economize sua energia; não gaste com conflitos desnecessários (repito). Toda fortaleza aparentemente impenetrável tem uma porta secreta, que lhe dá acesso. Então use sua estratégia e não “bata de frente”; busque a entrada alternativa. Assim você não “acorda” um exército furiosamente preparado para o ataque e tem uma chance maior de atingir seus objetivos.
Algumas pessoas ainda, podem se defender antes mesmo de pensar que você as está atacando. Infelizmente aprenderam a ser assim. Quem pode saber 100% dos motivos delas, não é? Mais uma vez, tente desarmá-las com seu bom senso.
Estamos tão acostumados a nos defender automaticamente, que por vezes dizemos coisas e tomamos atitudes que não desejamos. Um bom motivo para exercitar o “pense antes de falar ou fazer”.
E o que dizer do “ponto de vista”? Ora, a própria expressão já deixa claro: é uma maneira de interpretação de algum fato, baseado em algo que tomei conhecimento um dia. Defenda-o quando achar necessário e seja extremo em causas nobres! Mas por bobagens, não vale à pena ser grosseiro ou invasivo. Vale? Será que todas às vezes você esteve mesmo certo?
Não fique se debatendo em sua “gaiola de emoções exacerbadas”. Você se cansa, enfraquece e entristece. Aborrece, magoa e também cansa o outro. Não me refiro somente ao relacionamento homem e mulher, mas em todas as relações humanas.
É sempre tempo de realizar pequenas mudanças para o seu bem e para o bem das pessoas que convivem com você.
Como já diria Chico Xavier (independentemente de sua religião ou crença):
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Demy Marcos
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Fiquei muito feliz em saber como esse texto se espalhou e fez as pessoas refletirem. Inclusive foi distribuído pela Presidente de um Grande Grupo, para todos seus colaboradores! :)
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirMuito obrigada! =)
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